Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 22 - quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Polícia Civil, em M. Claros: "...organização criminosa suspeita de aplicar golpes na venda de piscinas. (...) foram cumpridas seis prisões preventivas e oito mandados de busca e apreensão..."

Quarta 01/10/25 - 16h50

16h46m, quarta-feira, da Polícia Civil de Minas:

Operação Engodo mira grupo suspeito de aplicar golpes no Norte de Minas

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quarta-feira (1/10), em Montes Claros, região Norte do estado, a operação Engodo, contra uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes na venda de piscinas. Durante a ação, foram cumpridas seis prisões preventivas e oito mandados de busca e apreensão em uma empresa e em residências vinculadas aos alvos.

Nos locais, os policiais apreenderam dois veículos de luxo, cartões bancários, cheques e eletrônicos. Houve, ainda, o recolhimento de dois revólveres, uma pistola e munições, motivo pelo qual um dos investigados foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo. A Justiça também autorizou o sequestro de um imóvel avaliado em R$ 2,8 milhões no bairro Ibituruna e a indisponibilidade de ativos financeiros.

Investigações

A operação é decorrente de levantamentos conduzidos pela equipe de investigação de crimes contra o patrimônio da Delegacia Regional de Polícia Civil em Januária. Os trabalhos de apuração tiveram início há cerca de sete meses, após o registro de diversos boletins de ocorrência relatando golpes na venda de piscinas e acessórios em várias cidades da região.

Segundo apurado, os suspeitos utilizavam contratos falsos em nome de uma empresa já encerrada, iludindo as vítimas e desviando os valores para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.

“A investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa estruturada, especializada no cometimento dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, com ramificações em outras cidades do Norte de Minas”, mencionou o delegado regional em Januária, Luiz Bernardo Rodrigues de Moraes Neto.

Estrutura criminosa

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Farley Guedes Oliveira, as apurações revelaram que a organização criminosa era dividida em dois núcleos: “Um voltado à captação dos valores ilícitos, e outro à lavagem de capitais, inserindo-os na economia formal”.

A partir do trabalho investigativo minucioso, foi possível identificar que o primeiro núcleo, liderado por dois irmãos de Montes Claros, 37 e 35 anos, era responsável pela captação das vítimas, recebendo pagamentos via Pix e cartão de crédito em nome de terceiros, incluindo um ex-funcionário deles, de 26 anos, e uma empresa ligada a uma mulher de 42 anos e à filha dela, de 26.

O segundo núcleo atuava na lavagem de dinheiro, por meio de compra e venda de veículos de luxo e imóveis. Um dos investigados, de 51 anos, utilizava contas bancárias em nome do pai, de 83, para movimentar valores milionários.

Movimentação financeira

Conforme levantado, o grupo movimentou aproximadamente R$ 30,1 milhões entre janeiro de 2023 e janeiro de 2025. As transações suspeitas foram comunicadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), reforçando os indícios contra os investigados.

O delegado Diego Flávio Carvalho, que atua no Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da PCMG, reforçou o papel do trabalho investigativo técnico. “As ferramentas de rastreamento financeiro foram fundamentais para identificar a movimentação dos valores ilícitos. O mapeamento do fluxo do dinheiro possibilita não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também viabilizar medidas de ressarcimento às vítimas”, pontuou.

Equipe

A operação contou com cerca de 40 policiais civis de Januária e Montes Claros, em 12 viaturas, além do apoio do LAB-LD e do Ministério Público. As medidas cautelares foram deferidas pelo Judiciário da comarca de Januária.

Após os trabalhos policiais, os investigados foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça


   
****




18h36m, quarta-feira, do jornal O Tempo, de BH:

Polícia desarticula quadrilha de estelionatários especializada em venda de piscinas em Montes Claros

Sete pessoas são detidas, enquanto grupo é investigado por movimentar mais de R$ 30 milhões em fraudes e lavagem de dinheiro; bens de alto valor, incluindo imóveis e veículos de luxo, foram confiscados.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) iniciou nesta quarta-feira (1º) a Operação Engodo em Montes Claros, no Norte do estado, visando uma organização criminosa suspeita de fraudes na venda de piscinas.

Sete indivíduos foram detidos preventivamente e foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências e em uma empresa vinculada ao grupo.

Durante a operação, foram confiscados três veículos de luxo e uma arma de calibre restrito.

A Justiça também autorizou o sequestro de um imóvel avaliado em R$ 2,8 milhões, localizado no bairro Ibituruna, além do bloqueio das contas dos investigados.

Conforme a Polícia Civil, os suspeitos utilizavam contratos falsificados em nome de uma empresa já extinta para enganar as vítimas, que pagavam pelos produtos, mas não recebiam as piscinas ou recebiam apenas parcialmente.

A investigação teve início em fevereiro, a partir de boletins de ocorrência registrados em Januária e outras cidades da região. As apurações revelaram que a quadrilha se dividia em dois núcleos.

Um deles, liderado por dois irmãos de Montes Claros, era responsável por captar as vítimas e receber os pagamentos via PIX e cartão em nome de terceiros.

O outro núcleo cuidava da lavagem de dinheiro, comprando e vendendo veículos e imóveis de alto valor para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Em um dos casos, contas bancárias do pai de 83 anos de um dos envolvidos foram utilizadas para movimentar valores milionários.

De acordo com a PCMG, o grupo movimentou cerca de R$ 30,1 milhões entre janeiro de 2023 e janeiro de 2025.

Parte dessas transações foi comunicada ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), aumentando as evidências contra os investigados.

O delegado Farley Guedes, que lidera o caso, afirmou que a estrutura da quadrilha era bem organizada.

“Havia uma divisão de tarefas entre os núcleos, um focado na captação dos valores ilícitos e outro na lavagem de capitais, inserindo-os na economia formal através da construção civil e aquisição de veículos”, explicou.

O delegado regional de Januária, Luiz Bernardo Rodrigues, ressaltou que a investigação revelou uma rede criminosa com ramificações em outras cidades do Norte de Minas.

O coordenador do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, Diego Flávio Carvalho, destacou que os bens apreendidos podem futuramente ser utilizados para ressarcir parte das vítimas.

A operação contou com a participação de 40 policiais civis e o apoio do Ministério Público.

Os detidos foram encaminhados ao presídio e permanecem à disposição da Justiça.

Compartilhe
Siga-nos nas redes sociais