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montesclaros.com - Ano 22 - sexta-feira, 9 de maio de 2025

"...paciente de 87 anos já estava no final do (...) período em que a administração do medicamento pode reverter o quadro e diminuir os riscos de sequelas ou até óbito"

Sexta 09/05/25 - 8h19

5h58m, sexta-feira, do Samu:


Nesta quinta-feira, 08, o SAMU realizou o atendimento histórico de uma vítima de AVC, em Janaúba.

A paciente de 87 anos já estava no final da janela terapêutica, período em que a administração do medicamento pode reverter o quadro e diminuir os riscos de sequelas ou até óbito.

Ao ser notificado da ocorrência, o médico do SAMU, Caio Gonçalves Nogueira, entrou em contato com a Santa Casa de Montes Claros para solicitar a liberação do medicamento Alteplase, trombolítico que dissolve o coágulo e permite o fluxo sanguíneo para o cérebro. Acompanhado da enfermeira Larissa Lopes de Alcântara, o médico enviou o medicamento para o atendimento em Janaúba pelo SAAV.

A paciente já apresentava ausência de movimentos do lado esquerdo do corpo, confusão mental e afasia. Os tripulantes do SAAV, Dr. Antônio Cedrim e o enfermeiro Robson Oliveira, conseguiram chegar ao local em tempo hábil e o medicamento foi ministrado ainda em voo.

Ao chegar em Montes Claros, a paciente já conversava e conseguia movimentar os braços. A Unidade de Suporte Avançado, USA, interceptou a equipe aérea e encaminhou a paciente para o Hospital Santa Casa.

O Dr. Caio Nogueira afirmou que “a paciente recebeu tratamento de primeiro mundo, e só foi possível pelo trabalho empenhado em equipe”.

O Acidente Vascular Cerebral ou Derrame Cerebral como também é conhecido é uma doença grave e altamente incapacitante.

O Norte de Minas é a maior mesorregião do estado em extensão territorial, por isso nem sempre os pacientes conseguem chegar a tempo de receberem trombolíticos, o que realmente pode reverter o quadro se feito em tempo hábil.

O Alteplase pode chegar a custar R$20 mil e o SUS fornece de forma gratuita.

SAAV:
Piloto: Ten. Coronel Davi
Tripulante: Sargento Diego
Médico: Antônio José Marinho Cedrim Filho
Enfermeiro: Robson Oliveira Silva

USA:
Médico: Caio Gonçalves Nogueira
Enfermeira: Larissa Lopes de Alcântara e Gonçalves
Condutor socorrista: Ilton Cesar Leite Fonseca Residente: Carolina


***

8h36m, sexta-feira, do jornal O Tempo, de BH:


Atendimento aéreo do SAMU garante tratamento rápido e recuperação de idosa de 87 anos com AVC no Norte de Minas

A paciente apresentava paralisia no lado esquerdo do corpo, confusão mental e dificuldade na fala, mas o medicamento foi administrado ainda em voo. Já na chegada a Montes Claros, ela apresentava sinais de recuperação, conseguindo se comunicar e movimentar os braços.

Um atendimento considerado histórico foi realizado nesta quinta-feira, 08, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Janaúba. Uma paciente de 87 anos, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC), recebeu a medicação adequada ainda durante o voo para Montes Claros e apresentou melhora significativa antes mesmo de chegar ao hospital.

A idosa já se encontrava no final da chamada “janela terapêutica”, período crucial em que a administração do medicamento trombolítico pode reverter o quadro clínico e reduzir o risco de sequelas graves ou morte. Diante da gravidade, o médico regulador do SAMU, Dr. Caio Gonçalves Nogueira, acionou a Santa Casa de Montes Claros e solicitou a liberação do Alteplase — substância que dissolve coágulos e restabelece o fluxo sanguíneo cerebral.

O medicamento foi enviado via SAAV (Serviço de Atendimento Aeromédico do SAMU), com a equipe composta pelo médico Dr. Antônio Cedrim e o enfermeiro Robson Oliveira. A paciente apresentava paralisia no lado esquerdo do corpo, confusão mental e dificuldade na fala, mas o medicamento foi administrado ainda em voo. Já na chegada a Montes Claros, ela apresentava sinais de recuperação, conseguindo se comunicar e movimentar os braços.

A interceptação foi feita por uma Unidade de Suporte Avançado (USA), que encaminhou a paciente à Santa Casa para continuidade do tratamento. Para o Dr. Caio Nogueira, o resultado só foi possível graças à agilidade e integração entre as equipes. “A paciente recebeu um atendimento de primeiro mundo. Foi um esforço conjunto que fez a diferença entre a vida e a morte”, destacou.

O AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. No Norte de Minas, onde as longas distâncias dificultam o acesso rápido aos centros de referência, intervenções como essa são ainda mais desafiadoras. O medicamento Alteplase, que pode custar até R$ 20 mil, é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde que o paciente chegue a tempo de receber a medicação.

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