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montesclaros.com - Ano 22 - quarta-feira, 30 de abril de 2025
 

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Mensagem: Lins, um positivista Manoel Hygino Em 16 de junho próximo, registra-se o cinquentenário do falecimento de Ivan Lins, não o compositor e cantor popular, mas de Ivan Monteiro de Barros Lins, jornalista, professor, pensador, ensaísta e conferencista, nascido em Belo Horizonte, em 16 de junho de 1904. No dia 23 de agosto de 1970, quando lançou seu “A Idade Média, a Cavalaria e as Cruzadas”, ele teve a gentileza de enviar-me um exemplar, dizendo que minha “vasta cultura, dar-me-isenção para apreciar e julgar a Idade Média”. Candidato à Academia Brasileira de Letras em 1943, na vaga de Xavier Marques, concorrendo com Wanderley de Pinho e Menotti del Picchia, este foi eleito, mas, em 1958, tentou pela segunda vez, disputando a Cadeira nº 1, na vaga de Taunay, elegendo-se e se empossando em 13 de novembro de 1958, recebido por Rodrigo Octavio Filho. Tinha berço ilustre. Filho de Edmundo Lins, desembargador e da Relação de Minas e de D. Maria Leonor Monteiro de Barros Lins, estudou no Colégio Anglo-Americano e no Mineiro, tendo aulas de Português e Latim com o pai, que lhe despertara o gosto pelos clássicos latinos. O acadêmico Francisco de Assis Barbosa lembra a qualidade de humanista Ivan, cujo pai era empresário ativista. Quando Evandro presidiu o Supremo Tribunal Federal, ele recebeu o Cardeal Pacelli, a todos surpreendeu conversando em latim, longa e naturalmente, com o futuro Papa Pio XII. O fato suscitou consideração de Francisco de Assis Barbosa: “Discípulo de tal mestre, que sempre dedicara especial atenção a educação e formação moral de seus filhos, pode-se dizer que Ivan Lins aprendeu latim em casa, como quem bebe leite, recebendo, ainda na infância, por influência sem dúvida do ambiente familiar, o gosto pelas letras clássicas”. Em 1917, sendo o pai nome do ministro do Supremo Tribunal Federal, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, matriculando-se no Ateneu Bôscoli, onde fez seus estudos secundários. Por essa época, descobriu o Positivismo através do livro de Teixeira Mendes - ´Esboço biográfico de Benjamim Constant”. Depois da leitura, aderiu à doutrina de Conte e iniciou o estudo metódico do Positivismo. Em 1925, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, formando-se em 1930. Com longo artigo sobre “Francia e o Positivismo”, publicado no Jornal do Comércio, em 12 de agosto de 1928, Lins iniciou sua atividade de difusão das ideias positivistas entre nós. Para ele, o Positivismo é sobretudo um método de sistematização dos conhecimentos científicos, filosóficos e sociais, fornecendo as bases para o estabelecimento de uma moral científica. Mais a respeito, publico na revista da Academia Mineira de Letras.

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